Um dos assuntos mais comentados dos últimos tempos é o surgimento do grupo extremista Estado Islâmico e, junto do seu surgimento, todas as outras notícias sobre as atrocidades que vem sido cometidas pelos radicais. O grupo tem como uma de suas características a brutalidade e ganhou notoriedade após a decapitação ao vivo de dois jornalistas que haviam desaparecido na Síria. Outra característica marcante é a grande utilização das redes sociais, para produzir sua propaganda e chamar novos recrutas.
Mas, apesar de ser um assunto atual e frequente nas mídias, pouco é comentado sobre a origem e sobre as reais intenções do Estado Islâmico. Primeiramente, vale a pena ressaltar que, a história do grupo radical inicia-se muito antes de ele aparecer nos noticiários mundiais.

Tudo é pensado na estratégia do Estado Islâmico, inclusive a vestimenta dos soldados nos vídeos. Fonte: Galileu.
Na verdade, os conflitos começaram com a criação de dois grupos religiosos dentro do Oriente Médio: os xiitas e os sunitas.
- Xiitas: seguem rigidamente as antigas interpretações do Alcorão e da Lei Islâmica;
- Sunitas: acreditam no Livro de Suna, que segue uma linha mais aberta em relação à sucessão dos seus líderes e também seguem os grandes feitos de Maomé.
O Estado Islâmico pertence ao sunitas, mas pregam uma violência que não pertence tradicionalmente aos sunitas.
Outro ponto determinante para a criação do grupo extremista foi a invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003. Porquê o país americano adotou uma politica de extrema violência, o que fez com que os radicais existentes, que em grande parte eram soldados treinados pelo próprio Saddam Hussein, se unissem a outros grupos terroristas, em prol de dominar o Oriente Médio. Um desses grupos foi a Al-Qaeda.
Mas afinal o que quer o Estado Islâmico?
Conforme já mencionado, o grupo busca a dominação do Oriente Médio, e nessa briga pela dominação eles cruzaram a fronteira da Síria. Com a guerra causada no país, o Estado Islâmico conseguiu, acima de tudo, aumentar a sua extensão territorial.
O grupo que antes não tinha uma estrutura física, agora pode se considerar um Estado de fato, possuindo uma área superior a 190 km2, maior que o território da Inglaterra (por exemplo), tendo suas leis próprias e sua própria autoridade, o califado.
Dentro das leis do Estado Islâmico são abordadas questões como a crucificação, decapitação e escravização dos povos estrangeiros, uma vez que o Estado não respeita outras autoridades e nem limitação territorial.
Além da questão territorial, existe a religiosa, pois um dos desejos do Estado Islâmico é consolidar o seu califado e fazer com que seja o único seguido pelos muçulmanos. Quem assim o discordar, como os xiitas, devem ser executados. O mesmo serve para os cristãos que vivem em áreas sob o comando do grupo: ou se convertem ao Islamismo, ou morrem.
Obviamente, outro ponto que motiva o Estado Islâmico é a vingança contra os países ocidentais. E o ressentimento deles é antigo, no qual eles os culpam até pelas antigas cruzadas em seus solos, pela influência na delimitação das suas fronteiras após a 1ª Guerra e, claro, não pode faltar à questão do petróleo da região, que sempre acarretou em invasões, como a do Iraque.
Curiosidades
- O líder do Estado Islâmico se autodenominou um califa, ou seja, ele disse que seria um sucessor de Maomé;
- Atualmente o grupo terrorista Al-Qaeda se desvinculou do grupo, por julgar suas atitudes extremistas demais;
- Pode se dizer que o grupo é extremamente antenado e usa a tecnologia ao seu favor, como o uso de redes sociais com o Youtube e Twitter para divulgar suas ações, aonde os mesmos fazem uso de “hashtag’s” famosas para vinculares seus vídeos e assim, terem maior número de acesso.
- Os ataques frequentes a França são, por causa do tratamento que os muçulmanos do país recebem e ainda, pelo fato do país ser o berço da democracia ocidental.
- Um dos fatos mais curioso e ao mesmo tempo assustador, é que o número de jovens que tem aderido ao Estado Islâmico no mundo todo não pára de crescer. Essas pessoas se identificam com o que é pregado pelo grupo, se convertem ao Islã e se alistam para atuar em combates.
Para saber mais
Créditos
Thays Souza: Redação do artigo
Diego Queres: Revisão e Edição