Resumo
A revolta da Chibata

Resumo somente em texto
Cenário antes da Revolta (início séc XX)
- Pós-Proclamação da República: País buscava a civilidade e apagar as manchas do passado;
- Os castigos físicos chegaram a ser abolidos 1 dia após a República, mas foram reinstituídos depois;
- A aplicação de castigos físicos estava extinta na maioria dos países. Entretanto, no Brasil esse costume persistia;
- A Marinha se modernizava comprando em grande quantidade os navios mais modernos da época. E não se buscava, em contrapartida, melhorar as condições de trabalho dos marujos;
- Marinheiros em sua maioria eram negros ou mulatos. A abolição da escravatura era ainda um acontecimento recente. A discriminação racial era um dos fatores que indiretamente ajudava na permanência dos castigos.
Início da Revolta
- Estopim: Castigo do marinheiro Menezes a bordo do encouraçado Minas Geraes com 250 chibatadas;
- Liderada por João Cândido, têm início com a tomada dos navios: Minas Geraes, São Paulo, Bahia e Deodoro em 22 de Novembro de 1910;
- Exigências: Fim do castigo da chibata e melhorias de condições aos marinheiros;
- Marinheiros ameaçam atacar a capital, então Rio de Janeiro, com tiros de canhão. Diante da recusa do governo em negociar, chegam a disparar contra a cidade como forma de intimidação.
Fim da revolta
- A Câmara dos Deputados aprova o projeto de lei que extingue a chibata e anistia os marinheiros;
- Marinheiros entregam os navios e se submetem aos oficiais novamente;
- Por um momento, parecia que tudo tinha acabado bem! Mas…
- Alguns dias depois, a Marinha começa a retaliação contra os marinheiros, com expulsões de muitos marinheiros, castigos, prisões, etc. A imprensa e os oficiais criticam muito o governo. Instala-se um clima tenso entre os marinheiros e oficiais.
A “segunda revolta”
- No clima tenso que se instaurou após a anistia e com as retaliações aos marinheiros, eclodiu a segunda revolta;
- A segunda revolta nada tinha a ver com a primeira. Eram de fuzileiros navais instalados na Ilha das Cobras e seus motivos não eram muito bem definifidos;
- O governo usa de pretexto a segunda revolta, para decretar o estado de sítio, e iniciar uma série de retaliações contra os fuzileiros e marinheiros;
- A imprensa é barrada inúmeras vezes, tentando acompanhar os fatos. As atrocidades cometidas pelo governo e Marinha viriam a tona com o tempo.
Segunda Revolta: Conseqüências
- Expulsão de 2 mil marinheiros;
- Massacre da Ilha das Cobras: De 250 marinheiros e fuzileiros que não haviam fugido, houve notícia de 60 sobreviventes encontrados após o cessar-fogo;
- Presos torturados e asfixiados com cal na ilha. Da prisão sobrevivem Joâo Cândido e mais um marinheiro;
- 150 marinheiros enviados para a Amazônia para trabalhos forçados nos seringais. Vários foram fuzilados ou jogados ao mar;
- Número incerto de marinheiros e ex-marinheiros mortos nos quartéis e nas ruas;
- O governo conseguiu afastar os adversários políticos que defendiam a causa dos marinheiros. Ex: Rui Barbosa.